sexta-feira, 16 de julho de 2021
Brasil: Democracia, honestidade, transparência e objetivos
Brasil: Democracia, honestidade, transparência e objetivos
Um país de gente séria ou um país de oportunistas e mercenários?
O povo não gosta dos políticos nem da política. Mas, quase todo mundo vota, participa de eleições, aceita e até estimula o “vale tudo” para seu candidato vencer e depois bota a culpa nos políticos, como se se acabasse com a política, e tivéssemos uma ditadura administrativa – gerida por executivos ou militares – o Brasil estivesse em melhores condições.
Em primeiro lugar: Tudo que não é cuidado, protegido, se degenera e se corrompe. É da natureza humana... Portanto, botar executivos ou militares para administrar o país, além de não garantir nada, pode sair pior do que chegou. Exemplos, Cavalo, economista na Argentina, e a montadora Nissan, ou os fundos americanos que provocaram a crise de 2008.
Então, podemos dizer que não temos saída? Que o Brasil já se transformou num grande Rio de Janeiro?
O fato de o Brasil ter se tornado num grande Rio de Janeiro é um fato e todos contribuíram para isso. Desde a transferência da capital do Brasil para Brasília, deixando a economia do Estado do Rio em permanente déficit e quanto maior ficava o déficit mais fácil ficava de aumentar a corrupção e o narcotráfico...
Para derrubar o governo Dilma e impedir que o candidato do PT fosse eleito presidente, representantes de todos os setores econômicos e sociais aliaram-se a uma grande quadrilha articulada com Bolsonaro... Venderam ilusões, facilidades e que não haveria custo...
Para uma parcela da população, eles não tinham consciência da armação e de seus custos; mas, para os dirigentes institucionais, todos tinham consciência: empresários, políticos, judiciário, imprensa, militares, sindicalistas, religiosos, artistas, esportistas e tudo mais.
Por isto, viraram criminosos? Não, mas também não eram e não viraram “virgens enganadas”. Foi a busca do “mais fácil e menos custoso”. Tornou tudo mais difícil e mais custoso.
Vejam que artigo interessante Vinicius Torres Freire escreve na Folha de hoje:
“Piratas arrobam porteira no Congresso”
Podemos acrescentar: No Congresso, nos ministérios, na presidência, etc.
“A “nova política” está por toda parte. Chegou ao poder federal com Bolsonaro, e ao governo de vários estados, como Rio de Janeiro...
Os “homens novos” assumiram de vez o comando da Câmara, com Arthur Lira, CÚMPLICE MAIOR DO PRESIDENTE BOLSONARO.
A multiplicação dos partidos negocistas (todos de direita), que contaram com o apoio do STF e com a DEGRADAÇÃO decisiva da presidência da República.
Um dos resultados foi o aumento do FUNDO ELEITORAL de R$ 1,8 bilhão para R$ 5,7 BILHÕES em 2022.
Os próprios parlamentares, legislando em causa própria, já preparam uma REFORMA ELEITORAL E POLÍTICA, que pode perverter ainda mais o sistema partidário, mesmo que isso signifique a ruína final do Brasil.
Da mesma forma que os políticos negociam entre si, também negociam com banqueiros e estrangeiros, para privatizar tudo que ainda resta, vendendo à preço de bananas como fizeram com os bancos estaduais, com a Vale e tantas outras. A joia da coroa continua sendo a Petrobras e sua destruição tem a ver com o pré sal e com sua atuação internacional, concorrendo com as sete irmãs petroleiras.
Então, fazendo uma retrospectiva:
1 – os políticos participam de um verdadeiro acharque nacional e internacional, destruindo o Brasil:
2 – o judiciário, com belas redações e belos discursos, locupletam-se com os políticos e com a imprensa;
3 – a imprensa, para defender suas posições políticas e econômicas, camufla suas verdadeiras intenções que são de defender o neoliberalismo e a subordinação aos interesses internacionais;
4 – os empresários, quando defendiam o “capitalismo brasileiro”, ainda falavam pelo Brasil, agora, falam como prepostos das multinacionais e de governos como os Estados Unidos com sua política de “faça o que digo, mas não faça o qu eu faço”.
5 – os militares, que foram formados aprendendo a defender o Brasil contra o comunismo, mesmo que tivesse que abrir mão da nossa soberania nacional, agora, com o fim do comunismo, silenciaram também com o fim da soberania. Estão se desgastando com buscas de empregos comprometedores...
6 – os movimentos sociais, reclamam da situação, mas não conseguem apresentar uma governabilidade que estimule o crescimento econômico com
inclusão social e distribuição de renda. O único que tem conseguido fazer isso é Lula. Mas é preciso que esta capacidade de Lula se transforme num grande pacto social pela transparência, honestidade e projetos para estimular a competitividade do Brasil e suas regiões mais carentes como o Norte e o Nordeste.
7 – a imprensa, como o conjunto de comunicação e formação, precisam ter um projeto de capacitação para a Cidadania e a Competitividade Internacional, como a China fez e continua fazendo.
8 – Não precisamos ser chamados de “Novo Brasil”, basta que cada um assuma sua parte e seu compromisso com a combinação entre o individual e o coletivo, ajudando o Brasil a ter um Projeto de Nação para todos, de todos e com todos.
9 - Aparentemente é difícil, mas é como criar filhos, se não tiver amor, sentimento, instinto e vontade de ceder um pouco para ganhar no coletivo. Vários países já viveram esta experiência e deu certo.
10 – Em vez de ficar na discussão de ser uma via, duas vias, ou três vias, vamos mostrar que devemos construir este país com todas as vias e todas as visões, com honestidade, transparência e participação.
Sem medo de ser feliz. De verdade.
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