segunda-feira, 10 de maio de 2021
Brasil: o pior já ficou para trás?
Brassil: O pior ficou para trás, diz presidente do Bradesco
Há um lado bom e outro lado ruim, ou depende de quem olha?
10/05/21 - Valor - Por Talita Moreira e Álvaro Campos
O pior ficou para trás, diz president do Bradesco
Para executivo, velocidade de reformas está aquém do desejável.
Hoje, o presidente do Bradesco, Octavio de Lazari Jr, deu uma longa entrevista, ao jornal Valor, que vai entrar para a história. 10/05/21 - Valor - Por Talita Moreira e Álvaro Campos
Cuidadoso, apresentando números e tentando mostrar domínio do assunto, o presidente do Bradesco também mostrou algo novo para um presidente do Bradesco, ele gosta de citar termos em inglês, como Marketplace, turn aroud e flight to quality. Talvez seja uma forma de mostrar que o Bradesco agora é um banco moderno...
O Bradesco vai ser um novo banco, ou será que será o mesmo banco pioneiro de sempre, porém se adequando aos novos tempos.
Para os jovens que não conhecem a História do Bradesco, no Brasil, os dois bancos mais simbólicos são o Banco do Brasil e o Bradesco.
O Banco do Brasil, como banco do governo federal, esteve sempre à serviço das políticas econômicas nacionais.
Já o Bradesco, nascido em Marília, cidade que também deu origem a TAM. Era o Brasil crescendo do interior para a capital.
Enquanto o BB era mais lento, o Bradesco de Amador Aguiar era um banco de vanguarda, oferendo crédito para os pequenos comerciantes, para os agricultores e para as pequenas indústrias. Onde tinha Bradesco, tinha Casas Pernambucanas e cinema, tinha modernidade.
Amador Aguiar, além de mostrar que tinha fé em Deus e acreditava no Brasil, chegava na sede do banco para trabalhar, sempre às 7:30 h. E os demais diretores chegavam juntos.
Voltando à entrevista do presidente atual do Bradesco, esta iniciativa também é uma novidade no Bradesco, já que, Amador Aguiar dificilmente dava entrevista.
Como o lucro do Bradesco cresceu 73,6%, totalizando R$. 6,515 bi, deve ter estimulado a dar a entrevista.
Dizer que o banco está se agilizando ainda mais é muito bom. Mas, comemorar que fechou 1.000 (mil) agências, é assustador! E as cidades e bairros que tinham agências e deixaram de ter? E os bancários e terceirizados demitidos foram para onde?
Comemorar que o governo Bolsonaro continua executando a Agenda (neo)liberal, pelo fato de o governo não estar estatizando nada, e, ao contrário, privatizou a CEDAE, no Rio, e o BNDES vem vendendo suas ações nas empresas, é expor o Bradesco a um alinhamento politico que está em decadência no mundo.
Da mesma forma, afirmar que a pandemia que já matou mais de 410 mil pessoas, inclusive funcionários do Bradesco, dizer que a pandemia é página virada e que “o pior já ficou para trás”, é extremamente polêmico.
Deus queira que realmente a vida esteja voltando ao normal, mas esta afirmação pode também servir como estratégia mercadológica para melhorar a imagem do governo genocida de Bolsonaro, preparando o Brasil para as eleições do ano que vem.
Tenho defendido que sejam instalados monumentos em todas as cidades brasileiras que tiveram mortes por causa da Pandemia. O Brasil, em respeito aos parentes, amigos e colegas, não pode esquecer esta que é a maior tragédia da História do Brasil.
O Bradesco está em todo território nacional, os mortos vítimas da pandemia, também.
O lucro é importante, mas a vida dos funcionários, dos clientes e parentes é imprescindível.
Vacina para todos, já!
Emprego para todos, já!
Agências Bancárias em todo Brasil.
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