domingo, 21 de fevereiro de 2021
Democracia como prática de liberdade
Democracia no dia a dia
Há várias formas de se identificar se uma pessoa ou uma instituição pratica a democracia ou não.
1 - Na relação empregatícia, sempre quem paga, tem mais poder do que quem recebe. A não ser que haja um contrato escrito com os itens mais relevantes bem definidos. Jornada de trabalho, critério de remuneração e de progressão na empresa.
2 – Nas escolas, a tradição é que o professor tenha mais poder do que o aluno, embora, cada vez mais os professores tenham menos autoridade sobre os alunos. Principalmente pela intervenção dos governantes, tanto no conteúdo, como nas relações.
3 – Em casa, a tradição também é que, quem tem mais dinheiro tem mais poder, porém, há muitos casos em que as mulheres, mesmo sem ter emprego e ter a renda bem menor do que o marido, elas tenham mais autoridade e mais poder em casa.
4 – Nas relações com as instituições como judiciário, polícia e governantes, a regra é que o representante da instituição tenha mais poder que o cidadão envolvido.
5 – Atualmente, ganha força a necessidade de haver uma equidade entre as etnias, gêneros e opções das pessoas na representação. Aqui a ausência da democracia é mais evidente. O Brasil de hoje tem mais mulheres que homens, tem mais negros e pardos que brancos e quanto às opções a relação é mais gritante. As religiões também estão interferindo nas democracias.
6 – A imprensa atualmente vem tendo mais peso na formação das pessoas do que deveria e isto faz com que a imprensa sinta-se mais importante que a OAB, o Legislativo, o Judiciário e até os eleitores. Herança do iluminismo...
Todos os itens anteriores devem fazer parte do quotidiano das pessoas, desde a infância. Sociedades autoritárias como as mais pobres, as religiosas e as fechadas etnicamente, como Japão e Israel, fazem com que a evolução do autoritarismo para a efetiva participação coletiva das comunidades seja mais lenta.
No caso do Brasil e da América Latina, saímos de um período de ditaduras civis e militares, para um período democrático, com crescimento econômico e integração social.
Este período democrático está sob ataque diário dos setores conservadores. Aproveitando-se das crises econômicas, os conservadores acusam os progressistas de incompetentes. E isto se faz visível em todos os setores citados acima. No golpe de Estado em Miammar, além de prender a presidente, os militares suspenderam o acesso à informática e às redes sociais.
O Brasil, mais civilizado e desenvolvido economicamente, recorreu-se ao judiciário, ao legislativo e à imprensa. Não precisou dos militares, embora estes estivessem na espreita...
Continuaremos melhorando nossa democracia no dia a dia, ou, nos deixaremos ser dominados explicitamente por ditaduras brancas, machistas e manipuladoras?
A resposta para isto está nas pequenas atividades do dia a dia.
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