Armação ilimitada e uso político do Estado brasileiro
Judiciário, imprensa, ministério público,
TSE, etc. todos contra o PT e contra o Lula.
Enquanto não houver um movimento de repúdio a esta armação ilimitada contra o PT e contra Lula, regularmente veremos como a direita radical está se apropriando do Estado brasileiro para impedir que o POVO, organizado em suas instituições como Partidos Políticos, Sindicatos e Movimentos Sociais, possam exercer a democracia, a liberdade e a prática dos direitos iguais para todos.
A gente não quer só comida, queremos cultura, liberdade e educação...
Vejam a matéria que saiu no Estadão de 16 de janeiro passado:
Lava Jato volta à cena e faz primeira denúncia de 2020 contra gestor de editora por lavagem de R$ 2,4 mi
Propina do Grupo Setal/SOG teria sido paga de 'forma dissimulada' a Renato Duque e João Vaccari Neto por meio de serviços não prestados da Editora Gráfica Atitude, administrada por Paulo Roberto Salvador
Pedro Prata – Estadão
16 de janeiro de 2020 | 17h58
Atualizada às 12h13 de 17.01
com posicionamento de Paulo R. Salvador*
A força-tarefa Lava Jato no Paraná denunciou nesta quinta, 16, Paulo Roberto Salvador, administrador da Editora Gráfica Atitude, pelo crime de lavagem de dinheiro no valor de R$ 2,4 milhões, entre 2010 e 2013, por meio da celebração de contratos de prestação de serviços ideologicamente falsos com o Grupo Setal/SOG Óleo e Gás.
É a primeira denúncia da Lava Jato em 2020. Em 2019, os procuradores fizeram 29 denúncias contra 150 réus. Ao todo, a Lava Jato já levou à Justiça 116 acusações formais, incluindo a primeira ofensiva de 2020.
Documento
•A DENÚNCIA DA LAVA JATO
Nesta denúncia, a Procuradoria federal requer a condenação de Paulo Roberto Salvador, o bloqueio de R$ 2,4 milhões, correspondente às vantagens recebidas ilicitamente, e o ressarcimento do valor à Petrobrás.
As investigações (Ação penal 50018033220204047000) apontam que Salvador contou com apoio do ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto, do executivo do Grupo Setal/SOG Óleo e Gás Augusto Ribeiro de Mendonça e do ex-diretor da Área de Serviços da Petrobrás Renato Duque.
Do total, R$ 2,4 milhões foram repassados pelo Grupo Setal/SOG Óleo e Gás de forma dissimulada, por meio da contratação da Editora Gráfica Atitude, de responsabilidade de Salvador, a pedido de Vaccari.
De acordo com a denúncia, ‘os repasses foram realizados com base em contratos e notas fiscais ideologicamente falsos, e a gráfica jamais prestou serviços reais às empresas do grupo Setal/SOG’.
Segundo revelado pelos próprios envolvidos, os pagamentos foram realizados em favor de Duque e do PT. Além desta ligação, os investigadores identificaram estreita vinculação entre a editora e o partido.
Isso porque, dentre outros indicativos, os sócios da Editora Gráfica Atitude são o Sindicato dos Empregados de Estabelecimentos Bancários de São Paulo/SP e o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC. A presidente do primeiro é administradora da Editora Gráfica Atitude.
A editora foi condenada pelo Tribunal Superior Eleitoral por propaganda eleitoral ilícita, em 2010, em favor da então candidata à presidência pelo PT, Dilma Rousseff.
A força-tarefa ressalta que o endereço listado na internet como sendo da Editora Gráfica Atitude coincide com o endereço da sede do Diretório Estadual do PT em São Paulo.
Outros envolvidos
Augusto Ribeiro de Mendonça, João Vaccari Neto e Renato Duque já respondem pelo crime de lavagem de ativos descrito na denúncia perante a 13.ª Vara Federal de Curitiba.
Pelos crimes antecedentes de corrupção, Augusto Mendonça, Vaccari e Duque, além de outros envolvidos como Pedro Barusco, Mario Frederico Mendonça Goes e Julio Gerin de Almeida Camargo foram denunciados e condenados pela 13.ª Vara Federal de Curitiba, o que foi confirmado pelo Tribunal Regional Federal da 4.ª Região (TRF-4).
“Responsabilizar operadores financeiros que contribuem de forma significativa para a ocultação e a manutenção de esquemas de pagamentos de propinas é fundamental para o combate ao crime organizado e à macrocriminalidade”, disse o procurador da República Felipe D’Elia Camargo, integrante da força-tarefa da Lava Jato no Paraná.
COM A PALAVRA, A DEFESA
“A defesa de Paulo Roberto Salvador reitera que a denúncia do Ministério Público Federal sobre a Editora Gráfica Atitude Ltda. não considerou documentos determinantes entregues à Polícia Federal que comprovam a efetiva prestação de serviços nos contratos questionados.
Em 10 anos, a Editora produziu 124 edições da Revista do Brasil, totalizando mais de 15 milhões de exemplares circulados entre os trabalhadores, com comprovação de auditoria de tiragem e notas fiscais de remessa de correio.
O Ministério Público Federal confunde aluguel de linha telefônica com endereço da Editora, que nunca saiu do mesmo local na Rua São Bento, e ignora a brochura apresentada em Juízo com compilação do conteúdo jornalístico produzido em razão das contratações.
Todas as receitas obtidas pela Editora foram revertidas em produção jornalística e estão à disposição da Justiça para que os fatos sejam esclarecidos.”
COM A PALAVRA, O ADVOGADO LUIZ FLÁVIO BORGES D’URSO, QUE DEFENDE VACCARI
A defesa do Sr. João Vaccari Neto vem se manifestar a respeito das citações envolvendo a denúncia feita pela Lava Jato, contra o Paulo Roberto Salvador, administrador da Editora Gráfica Atitude, acusando-o de lavagem de dinheiro por supostos pagamentos de R$ 2,4 milhões atribuídos à propina envolvendo contratos da Petrobras.
Na denuncia afirma-se que os pagamentos foram feitos a Duque e ao PT, que “o mantinha na posição de diretor de Serviços da Petrobras”, a pedido de João Vaccari Neto.
Trata-se de manifestação totalmente inverídica sob todos os aspectos.
O Sr. Vaccari jamais teve qualquer ingerência na Diretoria ou
participação de qualquer natureza ne Petrobras.
Mais uma vez a defesa do Sr. Vaccari confia que durante o processo, fique cabalmente demonstrado o absurdo de tais imputações.
São Paulo, 16 de janeiro de 2020
Prof. Dr. Luiz Flávio Borges D’Urso
Advogado Criminalista
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