1968, 1978, 1988, 1998, 2018,...
Ganhei de presente de aniversario o livro Paris 1968 Rio de Janeiro, da editora Bazar do Tempo... Minha filha e seu marido, já profissionais em suas respectivas profissões, também gostariam de entender o que os anos nos dizem sobre as democracias e as ditaduras.
Ficar ou não ficar no Brasil?
Exilar-se ou resistir permanecendo aqui?
Exilar-se onde?
Se, em toda parte, as democracias estão fragilizadas e a violência cresce?
Talvez o mais correto seja, sobreviver e resistir.
além de investir em pesquisas e formação.
O livro 1968 é de autoria de dois fotógrafos, um francês e outro brasileiro. Ambos jovens naquela época. As fotos são em preto-e-branco, o quê faz com que as pessoas, além de jovens, sejam bonitas e singelas. Não são os black block, nem os zumbis que andam pelas ruas do centro das grandes cidades...
Podemos lembrar alguns fatos relevantes de cada década:
1968 - O mundo ergue-se contra a guerra fria e a repressão burocrática. Os hippies chegaram para ficar.
1978 - A inflação subia, a ditadura capengava e surgia Luis Inácio LULA da Silva. O maior líder da história do Brasil.
1988 - A ditadura militar brasileira acabava e surgia a Constituinte Cidadã. Parecia que o Brasil ia dar certo.
1998 - FHC, depois de acabar com a hiperinflação, com o Plano Real, reelege-se para perder a credibilidade e nunca mais recuperar a boa imagem do Real. É o pragmatismo do povo.
2008 - Lula surfa no segundo mandato presidencial, com quase 80% de aprovação popular. Ao não perceber os limites da "democracia consentida", Lula viu-se levado a julgamentos manipulados e condenações planejadas para impedi-lo de ser candidato. O pior foi condená-lo à prisão. A direita civil brasileira perdeu o pudor e saiu do armário.
2018 - Além de ganhar no voto as eleições presidenciais e gerais, a direita tenta reconstruir a imagem da ditadura militar, como forma de consolidar-se na nova ditadura civil, protegida pelo judiciário e pelas Forças Armadas. Pela primeira vez os Evangélicos governarão explicitamente o Brasil. A França católica e iluminista foi substituída por Miami protestante e neoliberal. Agora é o Brasil do vale tudo...
Que Deus salve as Américas e os demais continentes.
É preciso recuperar as esperanças e os sonhos. Desistir? Jamais!
Por falar em sonhar, nossa sobrinha, que ainda não tinha nascido em 1968, atualmente é professora na Sorbonne, em Paris. Hoje, o mundo virou uma grande aldeia, onde a Terra é nossa Pátria e nosso país é nossa aldeia.
Os jovens são como as flores. Dão vida e renovam a vida.
Não é por acaso que o novo governo brasileiro é um governo de ... velhos. Eles não gostam dos jovens cheios de ideias e avanços libertários.
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