Central do Brasil 20 depois...
O Estadão publicou hoje no Caderno2, duas páginas sobre os 20 anos do filme "Central do Brasil".
Walter Salles, como sempre, brilhante.
A parte sobre Fernanda Montenegro ainda não li, mas vejam a delicadeza da abordagem e a profundidade do assunto:
"Mesmo nos piores anos de Collor, sabíamos que iríamos sair daquela barafunda.
Hoje, o pesadelo é maior.
Quem ascendeu ao poder já deu provas de que desacredita no equilibrio entre poderes, nos mecanisos de inclusão social, nos efeitos do aquecimento global, na divergência de ideias.
Pensando positivamente, é preciso lembrar que mais de 45 milhões de eleitores não subscreveram essa visão de mundo. Isso sem faltar no número significativo de abstenções e votos nulos.
Prefiro acreditar, neste momento, que as instituições brasileiras serão suficientemente sólidas para resistir."
Mesmo sem ler a íntegra da matéria escrita pelo crítico de Cinema, Luiz Carlos Merten, a introdução já é chocante:
"É MUITO DOLOROSO VIVER NO BRASIL DE HOJE"
"Vinícius de Oliveira, o menino do filme, é maravilhoso..." diz o critico de cinema.
Responde a grande Fernanda Montenegro:
"Walter havia escolhido um garoto que não deu certo. E aí foi um desses milagres.
Ele encontrou no aeroporto o Vinicius, que ENGRAXAVA SAPATOS.
e O VINICIUS PEDIU DINHEIRO PARA COMER.
Se Walter não quisesse engraxar naquela hora, ele ficaria devendo.
Walter teve a intuição. Havia um espanto no olho do garoto.
Foi ele que tornou o filme possivel, não fui eu, não foi a Marilia (Pera).
Vinicius é a prova de como esse País pode dar certo.
Só é preciso agregar, educar, garantir a alimentação e a saúde.
EXCLUIR NÃO É A SOLUÇÃO." Palavras de FERNANDA MONTENEGRO,
a mãe de Fernanda Torres e a maior autoridade na televisão brasileira. Nosso símbolo de artista, de mulher e de cidadã brasileira.
Nenhum comentário:
Postar um comentário