O festival de besteira que assola a imprensa
A Folha fez um Editorial hoje e colocou o título de “Verborragia perigosa”. Eu li e fiquei tão assustado com o Editorial que resolvi mostrar aos leitores do blog como, apenas destacando frases do Editorial, eu poderia dar o sentido bem ao contrário da visão autoritária e manipuladora da Folha.
A Folha coordenou um golpe de Estado, pressionou o judiciário a priorizar suas posições e agora não quer que os candidatos que não concordam com ela possam ganhar as eleições.
E a Folha conclui – aí eu concordo com ela – “Não se pode dar como corriqueira e aceitável a retórica que ameaça as normas fundamentais do convívio político —para não dizer mesmo da civilidade básica e do respeito às liberdades civis.”
Lembra bem Estanislau Ponte Preta com seu ‘Festival de besteira que assola o país”
Leiam as 15 novas leituras da velha escrita da Folha:
1 - as urnas eletrônicas terão sido fraudadas caso não seja a vencedora do pleito.
2 - que decisões reiteradas da Justiça convertem a disputa em fraude.
3 - lançam dúvidas sobre a probidade do registro de votos, o que compõe uma arenga autoritária que inclui o elogio de ditaduras e da violência física.
4 - a condenação em duas instâncias de seu líder, Luiz Inácio Lula da Silva, constitui violação institucional —ou parte de um golpe.
5 - a mais que esperada decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de considerar Lula inelegível foi um ataque à “vontade do povo”.
6 - tais informações podem envenenar o ambiente democrático. As contestações à legalidade da disputa eleitoral não são propriamente críticas, com argumentos baseados em lógica e evidências, nem queixas encaminhadas aos canais adequados.
7 - trata-se de ataques às regras do jogo —que, mais adiante, poderão ser usadas para negar também a legitimidade do eleito, de seu governo, de leis e políticas que vierem a ser implantadas.
8- a estratégia se vale da disseminação de crenças conspiratórias, que apelam em particular às parcelas mais sectárias do eleitorado.
9 - os setores mais extremados acabam por não ver os adversários como pessoas de opiniões e interesses diferentes em seu direito de disputar o poder;
10 - oponentes se tornam inimigos a serem eliminados da vida pública e hostilizados nas ruas.
11 - tais campanhas de difamação de concorrentes e instituições fazem mais do que conturbar o processo eleitoral. No limite, embutem ameaça velada de violência. Afinal, se a eleição é fraudada, como afirmam de uma maneira ou outra, por que aceitar seus resultados?
12 - deixa-se no ar, de modo insidioso, que haveria outros meios de alcançar o poder ou de tomá-lo.
13 - a polarização exacerbada não raro descamba para manifestações de truculência, intolerância e irracionalidade —e o panorama nacional persiste conflagrado, como se nota com clareza desde a onda de protestos de rua de 2013.
14 - a contenda divisiva, cada vez mais rancorosa, é empecilho à discussão produtiva de acordos com o objetivo de superar uma crise econômica e social de raridade secular, que nos ronda há cinco anos.
15 - não se pode dar como corriqueira e aceitável a retórica que ameaça as normas fundamentais do convívio político —para não dizer mesmo da civilidade básica e do respeito às liberdades civis.
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