Venezuela, Nicarágua, Brasil: É a Teoria do Dominó
Depois da segunda guerra mundial, os Estados Unidos justificava as intervenções militares, golpes de Estado e atos terroristas de direita em função da Guerra Fria e ao fato de os países que a esquerda tomavam o poder, com o passar do tempo suspenderem as liberdade democráticas nos moldes ocidentais.
Com este argumento, deram golpe de Estado no Brasil em 1964 e depois foram dando mais golpes por este mundo a fora.
Passou o tempo, as ditaduras ficaram velhas e caíram, os países tiveram Constituinte e elegeram presidentes civis de direita e de esquerda.
A crise econômica de 2008, da mesma forma que o Crack de Nova York de 1920, espalhou a falência de empresas em vários países e estagnou a economia mundial. Com a economia em crise, as frágeis democracias também entraram em parafuso e começaram a ser derrubas por golpes militares ou pela aliança entre imprensa e populares insatisfeitos com o desemprego e a baixa renda.
O mundo tem presenciado um debate esquisito, a Nicarágua, depois de anos de guerrilha, passou a viver uma frágil democracia, que agora ameaça ser derrubada por manifestantes e empresários descontentes mas que contam com o amplo apoio dos Estados Unidos e de seus aliados na imprensa internacional.
Fiz uma lista de oito países que têm economias estratégicas e que estão tendo suas democracias bombardeadas pelas oposições civis e militares, todas elas vinculadas aos Estados Unidos.
Vejamos:
1 - Egito - Com o crescimento dos xiitas, o Canal de Suez ficaria ameaçado, ficando fácil de bombardear os navios ocidentais? Mesmo tendo eleições democráticas pela primeira vez, não resistiu um mandato e derrubaram o governo da Irmandade Muçulmana. Acabar com a democracia egípcia contou com o apoio ostensivo dos Estados Unidos e da Europa.
2 - Ucrânia - A derrubada armada e popular do governo eleito pró-Rússia, também foi uma decisão dos Estados Unidos e aliados europeus. Hoje a "democracia" ucraniana é de fachada. O país estratégico e um dos mais importantes em agricultura no mundo, deixou a influência russa e passou a ser hegemonisado pelos Estados Unidos e Europa.
3 - Venezuela - Grande produtor de Petróleo, com uma pobreza muito grande, viu um governo de esquerda hostensiva criar problemas para o governo americano. Mesmo insistindo em manter as eleições, a Venezuela viu sua vida virar um inferno, com imigração, falta de comida e remédios e conta com a ameaça de golpe de Estado todo o tempo. Tudo indica que o futuro será resolvido nas armas e não no voto.
4 - Nicarágua - A crise econômica, política e social na Nicarágua está deixando todo mundo louco. Mas é importante lembrar que, antes da crise, havia a insistência da Nicarágua construir com a CHINA um canal para fazer "concorrência" ao Canal do Panamá, que é controlado pelos Estados Unidos, depois de intervenção militar há um tempo atrás.
5 - Brasil - Um país continental, que vinha sendo governado por um partido de esquerda que se meteu a acreditar em ter autonomia com o BRICS - Brasil, Rússia, Índia, China e South Africa (África do Sul). Chegaram a constituir até um banco e algumas universidades e intercâmbios. Como dizem os americanos... "engolir Cuba como vizinha, vá lá, mas engolir um continente como o Brasil, fazendo concorrência aos Estados Unidos, só na bala..." E assim, da mesma forma que deram o golpe de Estado em 1964, voltaram a contar com a UDN PhD, conhecida como PSDB, para justificar o novo golpe, contando também com o judiciário e a imprensa no lugar das Forças Armadas. O Brasil já vinha concorrendo com os Estados Unidos no petróleo, em alimentos como soja, laranja, frangos e bovinos. além dos minérios e em multinacionais como a Embraer.
6 - Iraque - As bombas atômicas iraquianas eram as precursoras das "fakes news", tudo mentira que, universalmente, ninguém levava à sério. Só a Folha e o Globo, serviçais dos Estados Unidos, além de outro países com seus meios de comunicação. Invadiram o Iraque, destruíram o país, desorganizaram o Oriente Médio, provocando ondas de migrações aos milhões. Destruíram a Paz e a Democracia crescente. Agora só há guerra, destruição e morte...
7 - Líbia - Tudo bem que o país era governado por um louco. Mas, em vez de se garantir mecanismos para se introduzir a democracia, destruíram a economia do país, o que inclui Petróleo, destruíram o país, que hoje é controlado por tribos regionais, não havendo mais governabilidade nacional. E mataram Kadafi da forma mais brutal e irresponsável que se possa imaginar.
8 - Israel - transformou-se num Estado religioso, militar e abertamente hostil a seus vizinhos. Perdeu a credibilidade internacional ao destruir regularmente as moradias dos palestinos e construir colônias em regiôes não reconhecidas pela ONU. Semeia o ódio e a violência, dificultando qualquer iniciativa de paz, como forma de não recuar em sua política expansionista.
Além destes oito casos acima, podemos citar golpes em Honduras, Paraguai e outros mais...
Fica evidente que o mundo passa por profundas transformações e as democracias representativas já não servem mais para pacificar o mundo.
Precisamos construir formas de democracia participativa, onde os partidos políticos deixem de ter o monopólio da aprovação das leis e dos governos. A sociedade deve governar e legislar através de Conselhos nos mais diversos níveis, preservando a economia de mercado, a liberdade de religião, partido, sindical e cultural.
A Terra é nossa Pátria e o mundo não pode ser destruído por ações de loucos e irresponsáveis.
Juntos somos muitos. Juntos somos fortes.
Por um mundo solidário e comprometido com a Democracia e a Liberdade.
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