Continuação da entrevista do diretor-geral do Datafolha, Mauro Paulino
Joaquim Barbosa pode abocanhar votos da direita e da esquerda?
Mesmo tendo sido o algoz de Lula e do PT no mensalão?
7 - Sim. Barbosa passa uma imagem de autoridade sem o autoritarismo de Bolsonaro. Se há um problema que aflige todos os brasileiros é a SEGURANÇA PÚBLICA.
8 - Há um anseio por alguém do centro, que não só seja ideologicamente de centro, mas um político conciliador. O voto não será ideológico.
9 - Ainda nesta eleição a TV vai ser decisiva como foi em todas as outras. Mais que as redes sociais.
10 - A lembrança que a maior parte dos eleitores têm dos governos do PSDB, de FHC, é bastante negativa, especialmente porque quando ele saiu o desemprego estava nas alturas.
11 - Em São Paulo, Alckmin está pior do que Lula e Bolsonaro. Mas Alckmin conta com a máquina do PSDB, TEM DINHEIRO, tem como fazer campanha com muita visibilidade e tempo de TV.
12 - O MDB (PMDB)é importantíssimo, com o tempo de TV que tem, a estrutura partidária disponível. PODE SER O FIEL DA BALANÇA.
13 - Bolsonaro parou de crescer e isto pode indicar que ele atingiu o teto. Bolsonaro virou moda entre os jovens. Muitos acabam enxergando que o negócio é fazer justiça com as próprias mãos, armar a população, tomar decisões de emergência, pois já que ninguém resolve nada, então vamos partir para o pau. Muitos jovens hoje se identificam com isso.
14 - O Datafolha NÃO cogitou retirar o Lula da cédula. Ele tinha que estar ali. A gente só vai tirar o Lula a partir domomento em que o partido disser que ele não é candidato ou que haja, de fato, impugnação da candidatura.
O OBJETIVO DA PESQUISA ERA MEDIR O IMPACTO DA PRISÃO NO LULISMO.
Era nossa maior curiosidade.
Conclui a entrevista Mauro Paulino, diretor-geral do Datafolha.
Com esta segunda parte, fechamos a longa entrevista do diretor-geral do Datafolha, Mauro Paulino, dada ao jornal Valor deste final de semana passado.
Para brincar com os leitores,
coloquei como título da primeira parte: Lula, Joaquim Barbosa e a DIREITA brasileira.
Já esta segunda parte, o título ficou: Lula, Joaquim Barbosa e a ESQUERDA brasileira.
Leiam as duas partes com atenção. Essa entrevista é um marco nas eleições deste ano.
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