Exigir transparência para todos ou para alguns?
Quando os políticos decepcionaram,
quando os governantes se omitiram,
quando os empresários se esconderam,
quando os movimentos sociais se locupletaram,
quando o judiciário tomou partido,
e quando a imprensa colocou-se acima de todos,
O Brasil chegou ao impasse:
Como dar um salto de qualidade intensificando a transparência,
ou,
como parar de abrir os podres de nossa sociedade,
sem implodir os sistemas?
O governo Temer não é de confiança,
o Congresso Nacional merece menos confiança ainda,
os empresários estão exigindo reformas antissociais,
aumentando o desemprego e a recessão.
E silenciam quando são identificados como corruptores e corruptos.
O Judiciário não quer mostrar suas contas secretas,
Os movimentos sociais precisam reconquistar a confiança do povo.
E a imprensa precisa insistir
na coerência de todos os setores e de todas as pessoas.
Será que consegue?
Vejam os jornais de hoje:
Na página A6 do Estadão.
Primeiro caderno, página nobre, a manchete é:
"Odebrecht lucrou 4 vezes valor de propina, diz SUÍÇA"
Para cada US$ 1 milhão pago a agentes públicos, empresa obtinha US$ 4 milhões em contratos, afirma Ministério Público da Suíça".
Isto é: Para cada 20% de propina, a empresa lucrava 80%.
Na página A6 da Folha.
Primeiro caderno, página nobre, a matéria de Elio Gaspari diz:
"Eliana Calmon, ex-ministra do Superior Tribunal de Justiça disse que
"delação da Odebrecht sem pegar o JUDICIÁRIO não é delação.
É impossível levar a sério essa delação caso não mencione um magistrado sequer."
Vamos exigir que se apure tudo e todos,
ou vamos parar no meio do caminho.
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