Não sei porque temos que enfrentar este dilema?
Tivemos a hiperinflação que deixou todo mundo doido. Para combater o processo inflacionário, o governo FHC congelou o câmbio artificialmente na relação de um real-um dólar e com isso quebrou a indústria brasileira e encheu a China de dinheiro. O Brasil passou a importar tudo, tudo, tudo. Era uma forma de forçar os empresários a baixarem os preços, não reajustar nada. Só quem reajustava eram os derivados de privatizações. Um presente para os compradores e dupla perda para o Brasil.
O curioso era que os empresários quebrados não reclamavam. Vendiam seus bens e passavam a viver de aplicações financeiras. Do rentismo. Já que a taxa de juros era alta. Uma das mais altas do mundo.
Com os governos Lula e Dilma, aumentaram os salários mas deixaram o câmbio com o real supervalorizado, aumentando o consumo interno e mantendo o dólar barato. Todo mundo passou a viajar para o exterior, até para comprar enxoval de bebê... Era a farra do boi.
Agora com os golpistas, que foram bancados pelos empresários, a solução voltou a ser arrochar salários e cortas investimentos sociais, aumentando o desemprego e a pobreza.
No entanto, em nome de querer baixar a inflação, o governo mantém os juros altos e está baixando o valor do dólar em relação ao real. Com isto, o governo volta a desestimular as exportações e a aumentar as importações. Prejudicando as empresas brasileiras.
Porque não se faz um câmbio realista ou se faz vários câmbios?
Este debate voltou a ser a bola da vez na economia.
Para minha surpresa, ao ler o Caderno EU& Fim de Semana, do jornal Valor, com ampla reportagem sobre INHOTIM, o que eu encontro: o seu proprietário, empresário Bernardo Paz, reclama que " quatro congelamentos do Câmbio nas décadas de 80 e 90 - quebrava tudo. Ele diz que faturava 2 bilhões de dólares por ano. Com os congelamentos perdeu 200 milhões de dólares por ano!
Diz mais: "Quando se destrói o valor da moeda, se destrói o país".
O que foi efetivo nessa destruída foi a política cambial.
Atualmente o dólar caiu de 3,80 para 3,23.
Para o cidadão comum a diferença é pequena, para quem exporta e/ou importa, pode quebrar qualquer negócio.
E se o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, mantiver o dólar baixo e os juros altos, quem vai sobreviver?
Pois é, mesmo quando lemos sobre Arte e Cultura, a economia se mistura e nos incomoda. Talvez tenha sido por isso que o governo Temer quer tirar a Arte e a Cultura do currículo escolar...
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