Brasil: Um país em
frangalhos
O Globo e a Folha falam mal do PMDB. O PMDB está deitando e
rolando nos ministérios e nas estatais, aproveitando-se da interinidade para
nomear amigos e indicados políticos. Os empresários estão cobrando as reformas
contra os trabalhadores e o judiciário está cobrando seu aumento salarial
substancial. Ao mesmo tempo, as pessoas falam que o “mercado paralelo” está funcionando as mil maravilhas.
Até a Lava Jato está funcionando articulada com o governo
interino e golpista. As Forças Ocultas estão de prontidão como a Tropa de Choque que estava na Praça da
Sé, em São Paulo, para dar cobertura à PF quando esta cercou a sede nacional do
PT.
Todos juntos, como no velho tempo da ditadura militar.
Só
que agora a ditadura é civil. O que é mais triste.
Enquanto o Brasil é dilapidado publicamente, alguns
senadores discutem se votarão a favor do golpe do impeachment ou se negociam
com a presidente Dilma a convocação de um plebiscito com Eleições Presidenciais.
Simultaneamente, corre no TSE, processo de impeachment
tanto da presidente como do seu vice, abrindo a possibilidade de Temer também
ser destituído em 2017, provocando nova escolha de um presidente apenas pelo
Congresso Nacional, sem participação do povo.
Os golpistas estão em toda parte. No parlamento, no
judiciário, na imprensa e no empresariado. Todos contra o povo e a soberania
democrática.
Já a presidente afastada, mantém sua resistência ao
golpe, denunciando a ilegalidade e ilegitimidade do impeachment. Mostrando compromisso com o povo e com a democracia,
aceita a redução de seu mandato, desde que a decisão seja do Povo e não dos
golpistas. Esta alternativa, no entanto, depende mais do Senado do que da
própria presidente afastada.
Vejam esta boa matéria publicada na Folha/Uol desta
quinta-feira.
Dilma exige respaldo de
senadores
para declarar apoio a
novas eleições
GUSTAVO URIBE e MARIANA HAUBERT
DE BRASÍLIA - Folha – Uol - 23/06/2016 11h55
DE BRASÍLIA - Folha – Uol - 23/06/2016 11h55
A presidente afastada, Dilma Rousseff, condicionou
na quarta-feira (22) o apoio à proposta de um plebiscito para definir a
convocação de novas eleições presidenciais a um maior respaldo da alternativa
no Senado.
Em reunião com dirigentes de partidos aliados,
no Palácio do Alvorada, a petista avaliou que não adianta encampar a proposta
de maneira solitária caso ela não conte com um apoio mais significativo na
Casa.
Para ela, além dos 22 senadores contrários ao
seu afastamento, é necessário contar com o respaldo de pelo menos mais 13
parlamentares.
O número garantiria com folga a permanência da
petista no cargo na votação final do impeachment, já que ela precisa de pelo
menos 27 votos, e, na opinião dela, criaria condições para que a proposta
ganhasse sustentação no Congresso.
Nesse sentido, orientou dirigentes partidários
de legendas como PT, PCdoB e PDT a aumentarem a ofensiva sobre senadores ainda
indecisos em relação ao impeachment, como Cristovam Buarque (PPS-DF) e José
Reguffe (sem partido-DF).
A proposta do plebiscito, contudo, conta com
resistência até mesmo entre aliados de Dilma no Senado e em seu próprio
partido, o PT. Eles admitem que dificilmente seria aprovada no Congresso e
avaliam que uma nova eleição presidencial não resolveria a crise política do
país.
Além do apoio maior de senadores, a presidente
afastada quer que a proposta seja encampada primeiro pelos movimentos sociais,
evitando passar a mensagem de que a alternativa é sugerida em decorrência da
perda de legitimidade da petista para governar o país.
Nos movimento sociais, no entanto, também há
resistências, como no caso do MST (Movimentos dos Sem Terra).
No encontro, a petista também defendeu o
aumento da ofensiva contra o governo interino de Michel Temer.
Para ela, é necessário elevar a munição contra
a reforma previdenciária sugerida pelo peemedebista e a proposta de liberação
da venda de terras a estrangeiros.
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