Os jornais de hoje dão ampla cobertura aos negócios da BRF, grande empresa brasileira criada a partir do BNDES na época de FHC, Lula e Dilma, comprando empresas na Argentina e reunindo-se com o presidente Macri, gerando mais de dois mil empregos.
Ao mesmo tempo, o jornal Valor andou publicando matérias dizendo que uma grande empresa americana estava negociando a compra da BRF brasileira.
Afinal, a BRF está comprando? Ou está à venda? Ou as duas coisas?
Que anda passando na cabeça de Abilio Diniz?
Vejam a boa matéria do Estadão de hoje.
BRF irá investir R$ 1 bilhão na
Argentina este ano
Estadão – Daniela Frabasile
31/05/2016
Abilio Diniz se reuniu ontem com
Mauricio Macri para apresentar investimentos do grupo
A BRF, maior exportadora de carne de
frango do mundo e uma das maiores fabricantes de alimentos processados do País,
anunciou ontem que investirá este ano US$ 292 milhões (cerca de R$ 1 bilhão) em
sua filial na Argentina para expandir os negócios no país vizinho e consolidar
a plataforma exportadora.
O anúncio foi feito após uma reunião
dos diretores da empresa com o presidente argentino, Mauricio Macri, que
assumiu o governo no fim do ano passado. “Confiamos no potencial da Argentina”,
afirmou Abilio Diniz, presidente global do Conselho de Administração da BRF em
um comunicado.
Parte do valor já foi aplicado nas
aquisições das empresas Campo Austral, produtora de carne suína, por US$ 85
milhões, e Calchaqui, que produz frios, por US$ 105 milhões. O restante da
quantia será usado para a ampliação e modernização de linhas de produção de
outras unidades – a empresa opera hoje nove fábricas em quatro províncias do
país vizinho.
“Estamos convencidos de que o caminho
para os próximos anos é o de otimizar o livre-comércio de bens e serviços entre
os membros do Mercosul e com outros parceiros comerciais, fazendo do Brasil e
da Argentina uma plataforma de exportação para o mundo”, disse Pedro Faria, CEO
Global da BRF, em nota.
A BRF comercializa marcas icônicas na
Argentina, entre elas, Paty, Campo Austral, Sadia, Danica, Vienissima, Bom
Mark, Bocatti, Manty e Delicia.
No primeiro trimestre de 2016, a
receita operacional líquida da divisão Latam totalizou R$ 438 milhões, 11,2%
maior que o registrado em igual período do ano passado.
Multinacional. No fim do ano passado, a
BRF anunciou três aquisições no exterior por uma soma total equivalente a US$
500 milhões. As empresas compradas, sediadas na Tailândia, na Argentina e no
Reino Unido, vão adicionar US$ 600 milhões ao faturamento da companhia
brasileira em 2016 e dobrarão sua capacidade de produção no exterior para 8% do
total.
Na época, em relatório, o BTG ressaltou
que, com as novas operações, a BRF já teria investido mais de US$ 1,1 bilhão em
aquisições no exterior nos últimos quatro anos. Com a compra da Campo Austral,
Faria afirmou à época que a presença da BRF Argentina passaria a espelhar de
uma forma bastante completa o que era a atuação da empresa no Brasil.
Em outubro, a companhia já havia
comprado sete marcas argentinas de salsicha, hambúrguer e margarina da Molinos
Rio de La Plata, por meio das suas subsidiárias no país, Quickfood e Avex.
A BRF adotou fortemente uma estratégia
de expansão internacional em maio de 2013, quando o empresário Abilio Diniz
assumiu a presidência do conselho da empresa de alimentos.
Desde então, a empresa vem investindo
em sua globalização por meio de aquisições. Foram 12 movimentos importantes nos
últimos dois anos no Oriente Médio (Emirados Árabes Unidos, Omã, Kuwait,
Qatar), Ásia (Indonésia, Cingapura e Tailândia) e na Argentina.
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