Folha se refaz com
Abílio Diniz?
Quem acompanhou a fase de negociação entre Abilio Diniz e o
grupo francês Casino, que adquiriu o controle acionário do Grupo Pão de Açúcar,
lembra muito bem que a Folha de S.Paulo, de forma remunerada ou não, tomou
partido favorável ao Grupo Casino. Durante meses, bombardeou Abilio e enalteceu
o Grupo Casino...
Passou o tempo e o Grupo Casino está batendo cabeça no
Brasil e não está conseguindo ter a competitividade que pretendia. Já surgiu
até notícias que estariam vendendo a parte de supermercados para ficar com a
rede de lojas e de atacado.
Enquanto isto, enquanto muitos achavam que Abílio era carta
fora do baralho no mercado nacional e internacional, Abílio comprou parte do
Carrefour no Brasil e na França, comprou milhões de ações da BRF, controladora
da Sadia e Perdigão, transformando-se em seu presidente e mandante
internacional, além de comprar outros inúmeros negócios.
Como ninguém é de ferro, em notinha de rodapé da coluna
Painel de hoje, aparece a informação de que a Folha convidou Abílio para
almoçar no jornal com seus articulistas. Será que Abílio vai voltar a ser bem
visto na Folha? Deus queira que sim...
Vejam a nota do Painel de hoje:
“Visita à Folha Abilio Diniz, presidente do conselho de
administração da BRF e da Península Participações, visitou ontem a Folha, onde
foi recebido em almoço. Estava acompanhado de Renata Catelan Rodrigues,
vice-presidente da Península Participações, e Sérgio Malbergier, consultor de
comunicação.”
Já que estamos falando de Brasil à venda,
agora o governo vai autorizar a internacionalização das empresas aéreas
comerciais. Vejam também a nota no Painel de hoje.
Governo permitirá que
estrangeiros sejam donos de aéreas no Brasil; medida ajuda a salvar a Gol
Venham a nós O governo edita nesta quarta (2) uma medida
provisória permitindo que um estrangeiro adquira o controle de uma companhia
aérea brasileira desde que seu país de origem autorize empresas daqui a fazer o
mesmo lá. Na prática, será possível comprar integralmente uma companhia
nacional se houver acordo de reciprocidade. Para os demais casos, o governo
elevará de 20% para 49% a participação de capital externo nas aéreas nacionais.
A medida salva a Gol da bancarrota.
Aberto Os europeus estão interessados. A Ryanair, de
baixo custo, já demonstrou apetite por operação própria no Brasil — acima até
do novo limite de 49%. Isso será possível agora, mas mediante acordo prévio com
a União Europeia.
Observação do blog:
O Brasil continua se abrindo para o mundo.
Falta abrir a imprensa.
Se tudo já está internacionalizado, porque o
governo e o Congresso Nacional não aprovam lei abrindo o mercado de TV, Rádio e
Jornais para as empresas multinacionais? E a liberdade de imprensa?
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