Não foi mero jornalismo
Amante, empresa laranja, conta nas Ilhas Cayman (Lembram da denúncia de Maluf?), abortos, filho com amante, jeitinho com a Globo para transferir funcionária para o exterior, uso da apoio de políticos e rede diplomática... São tantas coisas. Ainda bem que dona Ruth não está mais aqui para ver estas coisas.
O mais estranho disto tudo é porque a Folha, que já sabia de quase tudo, agora resolveu fazer a entrevista com a ex-amante do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.
Um jornal tão puritano, expor um príncipe tão puritano, num momento onde por muito menos Renan renunciou, ACM renunciou, gente foi presa e humilhada publicamente. É muito estranho...
É claro que a PF sabia de tudo. O ministério público de São Paulo e do Brasil também sabiam. Mas ninguém contava nem publicava. Uma questão de elegância, solidariedade de classe e de governança.
O quê mudou para a Folha fazer isto?
Será que são as eleições municipais?
Estão dizendo que a ex-amante está sem dinheiro. Mas isto sozinho não faria a Folha publicar a entrevista. Já vi caso empresa querer publicar matéria paga e a Folha não aceitar. Imaginem queimar FHC...
Não adianta perguntar ao judiciário.
Só quem pode esclarecer é a Folha.
O Brasil precisa de transparência e regras democráticas iguais para todos e todas.
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