A Privatização
do Brasil
Dizem os especialistas em eleições
que cada vez que Arminio Fraga dava uma entrevista Dilma crescia e Aécio caio.
A vontade de Arminio privatizar o resto que sobrou do governo FHC é tão grande
que ele esquecia que primeiro precisava ganhar as eleições.
Resultado, Aécio perdeu e Armínio voltou
ao seu Fundo de Investimento que capta dinheiro no mercado internacional para
comprar empresas brasileiras. O Gávea e o BTG são os dois maiores compradores
no mercado nacional. Compram de tudo: farmácias, faculdades, hospitais,
mineradoras e tudo que pode gerar dinheiro a longo prazo. É o capitalismo
financerio internacional apropriando-se do capitalismo produtivo nacional. Com
os brasileiros como intermediarios, evidentemente.
Com tanto bilhão de dólares
disponível no mercado internacional, fica mais fácil comprar ações da Petrobras
na bacia das almas. Ou o Brasil toma uma decisão política de proteger seu
patrimônio ou em pouco tempo não sobrará nada…
Vejam mais esta materia do jornal
Valor:
Gávea capta
US$ 1,1 bilhão em novo private equity
Valor - 16/12/2014
às 05h00
Por Vinícius
Pinheiro | De São Paulo
A Gávea Investimentos concluiu a
captação de pouco mais de US$ 1,1 bilhão (R$ 2,95 bilhões, ao câmbio de ontem)
para um novo fundo de private equity, que investe na compra de participações em
empresas.
O fundo é o quinto da gestora criada pelo ex-presidente do Banco Central
Arminio Fraga e que em 2010 teve o controle vendido para o J.P. Morgan. O volume captado é menor que o do fundo anterior, de 2011, que havia
sido o maior já levantado para investimentos em empresas brasileiras, no valor
de US$ 1,9 bilhão.
Com o dinheiro novo, a
gestora amplia o poder de fogo para novos negócios. A escassez de fontes de
capital alternativas em um momento de alta na taxa de juros deve favorecer a
atuação dos fundos, segundo Meyn. "Mesmo alguns concorrentes, que nos
últimos anos vinham se concentrando em outros países, como México e Colômbia,
voltaram a buscar ativos no Brasil", diz.
Apesar das oportunidades,
a Gávea será mais seletiva nos investimentos do novo fundo, segundo Meyn.
"Levaremos mais tempo para aplicar os recursos do que no fundo
anterior", diz. A expectativa do executivo é que a economia brasileira
leve pelo menos dois anos para voltar a apresentar um crescimento robusto.
Em um cenário econômico
mais difícil, a gestora deve buscar negócios em setores como saúde e logística,
que para o sócio da Gávea apresentam oportunidades de crescimento via
consolidação e melhora de margens. A gestora pode investir tanto em empresas de
capital fechado como deter participações em companhias abertas.
As gestoras de private equity compram participações em empresas com o
objetivo de vendê-las com lucro no futuro.
Para Meyn, o valor de entrada nas empresas será fundamental para o resultado
dessa nova safra de fundos. "Agora ninguém mais deve pagar pelo sonho, e
sim pela realidade das empresas", diz.
As empresas que compõem
atualmente o portfólio da Gávea têm apresentado bons resultados mesmo com a
atividade econômica fraca, segundo o executivo. Ele aponta que, mesmo na área de consumo, uma das grandes
apostas dos fundos nos últimos anos, a gestora procurou investir em empresas
mais protegidas das flutuações da economia, como a produtora de alimentos
Camil.
Meyn também destaca o
aporte na produtora de papel e celulose Fibria, que na condição de exportadora
se beneficia da alta do dólar. A
desvalorização cambial é um problema para os fundos de private equity, que
precisam entregar retorno aos investidores na moeda americana.
O novo fundo da Gávea
levou pouco mais de um ano para ser captado. O processo se estendeu durante o
período eleitoral, quando Arminio Fraga
se dedicou à campanha do senador Aécio Neves à presidência da República.
Com a derrota do candidato tucano, ele está "100% de volta" aos
negócios da Gávea, afirma Meyn.
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