Banco Central, Governo e Clientes
Foi só o Banco Central
aumentar a Selic, o Governo parar de pressionar os bancos públicos e estes
aumentarem suas taxas de juros, que os bancos privados aproveitaram para aumentar
ainda mais seus juros e suas tarifas bancárias (herança e presente de FHC).
Quem pagou o pato foram os
clientes dos bancos, incluindo os empresários e as empresas. Triste Brasil!
Pior do que precisar de
bancos, só precisar entrar na fila por consultas médicas e exames com
autorização de convênios privados de baixa qualidade.
Vejam mais esta matéria do
jornal Valor.
Lucro dos grandes bancos privados sobe 27% no ano
Valor - Por Carolina Mandl e Fabiana
Lopes | De São Paulo - 5/11/2014
às 05h00
Até
agora, o baixo crescimento da economia nem de longe abalou os números dos três
maiores bancos privados do país.
Juntos, Itaú Unibanco, Bradesco e Santander
lucraram R$ 27,4 bilhões nos primeiros nove meses do ano, 26,9% mais que em
igual período de 2013.
No
terceiro trimestre, a soma dos resultados alcançou R$ 9,8 bilhões, 29,9% maior
que o do mesmo trimestre do ano passado.
Os
três bancos driblaram o período adverso com uma série de estratégias, que vão
do controle de riscos mais rígido ao reajuste das taxas de juros. Reforçada por
um período de alta da Selic, a intermediação financeira se tornou mais
lucrativa.
O
resultado da atividade - já descontadas as perdas com inadimplência - somou R$
70,1 bilhões nos primeiros nove meses do ano. A cifra representou uma expansão
de 15,9% ante o período de janeiro a setembro do ano passado.
Até
os ganhos com tesouraria se tornaram mais relevantes, contribuindo para os
resultados na intermediação. O Itaú Unibanco, por exemplo, teve uma margem com
o mercado de R$ 2,6 bilhões no acumulado do ano, mais que o dobro do valor
registrado um ano atrás.
Também
colaborou para o ganho financeiro uma concorrência menos acirrada com as
principais instituições públicas - Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil.
Depois de iniciarem em 2012 uma cruzada pelo corte dos juros nas operações de
crédito, até os bancos controlados pelo governo reajustaram suas taxas neste
ano.
Com
isso, Itaú Unibanco, Bradesco e Santander também se sentiram mais livres para
promover remarcações. E um impulso extra para os balanços veio da menor
expansão das despesas administrativas.
No
crédito - a linha do balanço mais afetada pela desaceleração econômica -, os
bancos precisaram rever para baixo suas projeções de crescimento em 2014. Mesmo
assim, o trio teve um desempenho que superou a média dos bancos privados.
Somada, as carteiras de Itaú, Bradesco e Santander fecharam setembro com quase
R$ 1 trilhão, alta de 8,5% em 12 meses e de 3% em relação a junho.
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