Chamem os hackers para fiscalizar
Qualquer
fiscalização séria tem que ter representantes de vários segmentos da sociedade,
principalmente especialistas em TI – Informática. Nesta altura do campeonato, não dá para acreditar na lisura de alguns delegados da PF e em alguns juízes.
Publico
agora esta advertência de Luiz Nassif, grande economista, que convive bem com
os tucanos e os petistas, mas nunca abriu mão da sua liberdade de opinião.
LUIZ NASSIF on line
Em
1982, a Globo montou um sistema nacional de apuração usando como software a
Proconsult. O sistema tinha um algoritmo que subtraia votos do MDB e repassava
para a Arena. A intenção era desmobilizar a fiscalização do MDB para permitir a
fraude na hora da apuração.
No
Rio, Leonel Brizola percebeu e botou a boca no trombone - na época, ainda
existia o trombone do Jornal do Brasil. No Rio Grande do Sul, Pedro Simon
acreditou e desmobilizou a fiscalização. Perdeu as eleições, com os votos em
branco sendo preenchidos em favor da Arena.
A fraude na era eletrônica
Vamos
supor que estivesse em curso, no Brasil, alguma tentativa de fraudar as
eleições. Como seria?
Teria que se
valer de um quadro eleitoralmente equilibrado. Temos.
Na véspera da eleição, terias que ocorrer algum fato
novo que "explicasse" eventual reviravolta do candidato da oposição.
Poderia ser a indicação de um Joaquim Barbosa para Ministro da Fazenda? Alguma
denúncia nova, sobre a qual se fizesse enorme alarido?
Depois,
teria que ter o controle sobre pontos chave do sistema eletrônico. A volatilidade dos votos, nessas eleições
encobriria eventuais golpes e as ondas captadas pelas pesquisas poderiam
ser potencializadas nos lugares certos.
Obviamente
estamos falando em tese, com uma visão nitidamente conspiratória.
Mas,
digamos que em pontos chave dos desenvolvedores do sistema de votação
existissem empresas no mínimo suspeitas, A
matéria O histórico de
favorecimento e irregularidades nas licitações das urnas eletrônicas
sobre as licitações no TSE mostram um quadro bastante confuso.
Ficaria
mais confuso se se levantassem os novos controladores dessas empresas.
Uma
das líderes é a Módulo, empresa
tradicional que trabalha no segmento de segurança desde os anos 90.
Funcionário
público de carreira, nos anos 90, ele foi beneficiado pelo BNDES de Fernando Henrique Cardoso com
consultoria na área de privatização. Ganhou dinheiro e sede de sangue.
Depois
disso, meteu-se em várias embrulhadas sempre buscando a bala de prata, a grande
jogada. Jamais se contentou com o trabalho normal de fazer crescer sua empresa.
Aliou-se
a Luiz Fernando Levy, da Gazeta Mercantil, e tentou um golpe para assumir a
empresa. Depois, meteu-se em rolos com Tanure, que adquiriu a Mercantil.
Mais
tarde, passou a prestar serviços a
Daniel Dantas, do Opportunity, Na auditoria realizada na Brasil Telecom,
depois que saiu das mãos de Dantas, Ségio Thompson Flores aparece em inúmeras reuniões
com Humberto Braz, o executivo operacional junto à mídia.
Quando
começou a febre do etanol, montou um fundo de investimento sediado em Londres,
captou dinheiro de incautos para um projeto amalucado de comprar usinas antigas
em regiões economicamente inviáveis. Quebrou.
Depois
disso, adquiriu a Módulo. Qual sua
intenção? Desenvolve-la sem balas de prata? Um empresário que passou a vida
tentando a grande tacada tentando agora uma carreira convencional?
A segunda empresa-chave das
apurações
é um rolo interminável.
É
do mesmo grupo que controlava a empresa anterior, entrou em nome de parentes e,
durante algum tempo, teve participação
acionária de Wilson Nélio Brumer, atualmente caixa de campanha de Aécio Neves.
Pode ser
coincidência, teoria conspiratória. Mas seria medida de prudência se a Abin e a
Policia Federal colocasse seus técnicos para uma auditoria completa e um
acompanhamento do sistema antes da apuração.
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