Matar
crianças na praia?
Isto
não é uma Guerra, é terrorismo de Estado.
O mundo
apoiou a criação do Estado de Israel. Um país para os judeus. Este mesmo mundo
tem a obrigação de apoiar a criação do Estado Palestino. Um país para os milhões
de palestinos espalhados pelo mundo.
Hoje,
li o Estadão e a Folha e ambos só faziam campanha para a oposição brasileira.
Depois, quando fui ler “O Globo” , ficquei estarrecido com a material sobre a Guerra
suja de Israel contra os palestinos: Israel agora mata criancinhas na praia?
Já
estive em Israel, defendo seu direito de existir, mas, jamais aceitarei
matanças de crianças e civis. O mundo tem que botar limite na prepotência dos
conservadores de Israel.
Leiam a
materia de O Globo de hoje:
Bombardeio de aviação israelense
mata 4
crianças palestinas em praia de Gaza
Jornalistas testemunham assassinato em
frente a hotel onde estavam hospedados
POR O GLOBO / COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS
16/07/2014 13:12 / ATUALIZADO 16/07/2014
21:06
GAZA — O hotel
al-Deira, construído há quase 15 anos na Cidade de Gaza, é frequentemente
utilizado por jornalistas ocidentais que viajam para a região para cobrir o
conflito árabe-israelense. O local luxuoso — em uma área não muito conhecida
pelo luxo — com belas vistas de uma praia do Mar Mediterrâneo, permitiu nesta
quarta-feira que repórteres de jornais como o “New York Times” e “Guardian”
fossem testemunhas oculares do assassinato de quatro crianças palestinas,
atingidas após bombardeios da aviação israelense.
Duas bombas
destruíram uma cabana na praia onde o grupo jogava bola e, segundo o porta-voz
dos serviços de emergência de Gaza, Achraf al-Qudra, mataram quatro meninos,
dois de 10 anos, um de 9 e outro de 11. Os quatro, Mohammed, Mohammed, Ahed e
Zakaria Baker eram primos e brincavam na areia quando um míssil ou granada
israelense os matou. Os corpos das crianças foram levados para sepultamento
imediato. A praia que foi alvo do ataque costuma estar cheia de barracas,
cabines para pescadores e pequenos cafés populares.
— Quando a
primeira bomba atingiu a terra, as crianças fugiram, mas outro míssil os
acertou — contou Abu Hassera, que testemunhou o ataque e estava com a camisa
manchada de sangue. — Parecia que as granadas os perseguiam.
Tyler Hicks,
fotógrafo do “New York Times”, foi um dos primeiros a chegar ao local, após uma
corrida desesperada para tentar salvar as vidas de outras crianças feridas no
bombardeio.
— Testemunhei
três meninos mortos pela artilharia israelense em uma praia vazia na Cidade de
Gaza esta tarde — escreveu Hicks no Twitter.
REFÚGIO
NO HOTEL
Segundo
testemunhas, algumas das vítimas, ensanguentadas, saíram correndo e gritando
para o hotel, onde se refugiaram. Outras cinco pessoas ficaram feridas no
ataque. Pelo menos três também eram menores, que foram atingidos por
estilhaços, um deles na cabeça.
— Crianças
feridas foram socorridas por jornalistas estrangeiros no terraço do hotel
al-Deira — postou no Twitter Jonathan Miller, da rede britânica Channal 4 News.
Horas depois,
Miller divulgou imagens do cortejo fúnebre, lembrando que as crianças fazem
parte de uma família de pescadores bem conhecida na região — segundo ele, “uma
profissão extremamente perigosa em Gaza”.
Uma agência de
notícias local, a Media 24, compartilhou no Facebook o que seriam imagens das
quatro vítimas fugindo durante o ataque. Um motorista que trabalha para a mesma
agência foi morto em um ataque aéreo na semana passada, apesar do veículo estar
identificado.
Após as mortes,
as Forças de Defesa de Israel (IDF) informaram que as crianças foram
erroneamente identificadas como rebeldes que fugiam e irão investigar o caso.
Mas o ataque acirrou ainda mais os ânimos na região. Em resposta, o porta-voz
do Hamas, Sami Abu Zuhri disse aos repórteres que haverá retaliação.
O bombardeio
eleva a 214 o número de mortos palestinos desde o início da operação israelense
em Gaza, no dia em 8 de julho. Delas, pelo menos 39 eram crianças. E a maioria
não foi documentada por jornalistas.
Na semana
passada, um míssil israelense matou nove pessoas que assistiam a uma partida da
Copa do Mundo, entre Argentina e Holanda, na Faixa de Gaza. O Fun Time Beach
Café, onde o jogo era visto, virou uma cratera na praia e agora é ocupado pela
água do mar.
Todos os nove
mortos eram da cidade de Khan Yunis. Pessoas presentes no local afirmam que
três membros de uma mesma família estavam entre as vítimas e que a maioria dos
mortos era de jovens.
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