Mais uma morte amiga
Quando uma geração vai ficando mais velha acontece isto.
O número de mortes torna-se mais frequentes.
No início de julho teve a morte de minha tia Alice.
No velório no Cemitério da Paz, além de flores,
tinham vários pássaros inclusive o Bem-ti-vi.
Matamos a saudade dos parentes.
Tia Alice estava com 87 anos.
Ontem à noite fomos avisados de uma outra morte.
Não foi do escritor famoso.
Foi do pai de uma colega de vida e de lutas.
O pai de Alice Yamamoto.
Como o nome diz, filha de japoneses...
O pai já estava com 97 anos e via a família
realizada, com netos e muitos amigos.
Ao chegar no velório no Cemitério da Vila Mariana,
fiquei impressionado com a quantidade de pés de Ipês Rosas.
O sol brilhava na manhã deste sábado,
os amigos foram chegando
e as conversas sobre a vida.
A grande maioria já cinquentões.
Bonito ver tantas etnias misturadas...
A morte reaproxima as pessoas
e nos estimula a falar sobre a vida.
Se foi bem vivida e se haverá ou não
um ritual religioso. O normal é que sim.
Por via de dúvidas,
todo mundo quer chegar bem do outro lado.
Principalmente se vivemos bem esta vida.
Independente de qualquer coisa,
A vida continua.
E os Cemitérios, como as Igrejas,
Continuam sendo pontos de encontros e de reflexões.
Além de muitas flores...
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