Renasceram das cinzas...
O mundo Ocidental precisa estudar
mais para entender este fenômeno que mudou a história da economia mundial no
pós guerra.
Três países que viveram guerras atrozes, de destruição de
cidades e multidões, foram ocupados e depois de 1945 resolveram se
reconstruirem das cinzas.
1 - O Japão, além de investir muito em educação, tecnologia
e disputa no mercado global, consolida-se como um das economias de vanguarda em
tecnologia e competitividade.
Na sexta-feira, dia 24 de janeiro, o Estadão publicou com
destaque que a “Toyota se consolida como líder global das montadoras”. Grupo
japonês vendeu 9,98 milhões de veículos em 2013; sua maior concorrente, a GM
americana, totalizou 9,71 milhões de unidades.
Vocês têm ideia o que significa isto? Um país que é um pequeno
arquipélago, sobre placas vulcânicas e no fim do mundo, concorre e ganha das
montadoras americanas. Isto depois de duas bombas atômicas sobre sua população
e da ocupação militar do país pelas tropas americanas no final da segunda
guerra. E depois de um tsunami que foi a pior catástrofe já vista na Terra. É
mole?
O Japão aprendeu até a jogar futebol! E se não abrirmos os
olhos, em pouco tempo, poderão estar jogando mais do que o Brasil. Lá eles
levam as coisas à sério.
2 – A China, que foi ocupada pelos ingleses e depois pelos
japoneses, além de viver uma longa guerra civil, resolveu implantar um modelo
chamado de capitalismo de partido único, com o objetivo de fazer dumping à
economia mundial, maximizando o potencial de mão de obra da sua imensa
população e vem conquistando em todas as áreas a liderança econômica.
Ainda ontem, no jornal Valor, na parte superior da página B4
– Empresas/Industria, o título era: “China liderou, outra vez, a produção
mundial em 2013”.
Mais uma vez, a China garantiu o protagonismo no mercado
mundial de aço. Em 2013, o gigante asiático respondeu por 48,5% do total
produzido pelos 65 países considerados no levantamento da World Steel
Association.
A Ásia ganhou ainda mais peso na produção global de 2013,
com participação de 67,3% no volume total.
A China já é um dos maiores investidores internos no Brasil.
3 – Já a Coréia, que foi ocupada pelo Japão ainda na
primeira guerra mundial e depois teve a guerra que dividiu o país em dois,
sendo uma carnificina. O país investiu em educação e formação de grandes grupos
econômicos, possibilitando que atualmente supere em alguns setores econômicos
grandes concorrentes globais.
A indústria automobilística coreana é a que mais cresce no mundo
e na área de TV, telefones e eletroeletrônicos, vem ganhando todas as disputas.
E o Brasil?
Não tem nenhuma indústria automobilística própria. Eles têm dezenas...
Não teve nenhuma guerra civil ou internacional, não teve terremoto, não tem superpopulação, nem tem catástrofes.
Aqui, a única catástrofe é a nossa elite secular e
conservadora. Aqui, em 500 anos, nunca houve uma grande reorganização produtiva
e educativa a nível nacional.
Talvez, agora estejamos vivendo uma grande inclusão social,
mas sem um grande pacto transformador da educação e dos costumes.
Mas, a gente vai levando...
Sabe quem mais fornece matéria prima – commodities – para a
China? O Brasil.
Tem a maior colônia japonesa fora do Japão, mas em vez de
aproveitar os japoneses no Brasil, deixou que centenas de milhares deles
voltassem para trabalhar no Japão em serviços pesados, como dekassegues.
Virou grande parceiro econômico tanto da China, como do
Japão e da Coreia. Isto é, o Brasil fica como provedor de matérias primas e
consumidor de produtos industrializados.
E os nossos empresários?
Reclamam do governo, reclamam dos impostos e vendem suas
empresas para os estrangeiros.
E os governos? Ficam reféns da imprensa e dos empresários, e
não fazem uma grande reforma tributária, além de uma nova Constituição.
Vamos tomar vergonha e fazer um Projeto Nacional de
Competição Global?
Mas é necessária a participação de todos os segmentos da
sociedade: empresários, trabalhadores, homens, mulheres, negros, nordestinos,
ruralistas, agricultores familiares, professores, pesquisadores, católicos,
protestantes, etc.
Chega de moleza! Acorda, Brasil!
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