O Brasil melhorou com Lula e Dilma
Primeiro o jornal Valor disse que os banqueiros apoiavam
Aécio e Campos contra Dilma; depois o próprio jornal Valor precisou retratar-se
e publicou ampla entrevista do presidente do Bradesco declarando reconhecimento
dos méritos do governo e do Banco Central.
Hoje, depois de ter sido publicado que dos bancos grandes,
somente o Itaú era contra o governo Dilma, alto dirigente e também um dos
principais acionistas do banco, vem a público, através da Folha, não do Valor,
reconhecer a grande evolução da inclusão social estimulada pelos governos Lula
e Dilma.
A matéria da Folha, mesmo tendo sido escrita por Clovis
Rossi, não reconhece o santo, reconhece apenas o milagre. Isto é, reconhece o
grande progresso gerado pela política de inclusão social, mas não cita que quem
implementou esta política foram Lula e Dilma, do PT. Já é um grande passo...
Queremos todos ser da Classe Média!
Este é o segredo e a segurança da Democracia e da Liberdade.
Vejam que matéria interessante!
Em dois
anos, 75% da população será de classe média, prevê Itaú
Fazem
parte do grupo, hoje, 2/3 dos brasileiros; avanço tem implicações econômicas e
políticas
Crescimento
é mundial e cercado também de armadilhas, dizem debatedores no fórum que ocorre
em Davos
CLÓVIS ROSSI
ENVIADO ESPECIAL A DAVOS
Folha – 23/01/2014
Ricardo Villela Marino, executivo-chefe
para América Latina do Itaú Unibanco, tocou música para os ouvidos do público
de Davos, ao anunciar que 75% dos brasileiros estarão na classe média de hoje
até 2016.
Classe média significa consumo, que
significa bons negócios, e bons negócios são o que mais perseguem os executivos
que compõem a principal clientela do encontro anual na cidade suíça.
Mas classe média numerosa tem uma
vantagem adicional, política: "Uma classe média que se sinta parte da
economia contribui para a estabilidade política", diz Rob Davies, ministro
do Comércio e Indústria da África do Sul.
Um segundo efeito político foi apontado
por Villela Marino, mas este é no mínimo polêmico: "Quando os pobres sobem
para a classe média, o voto não está mais atado a benefícios sociais".
No Brasil, pelo menos, há inúmeros
pesquisas que mostram que programas de inclusão social atam, sim, o voto aos
governantes que os introduzem ou ampliam.
Por essas e outras razões, o tema classe
média permeou duas das sessões de ontem do Fórum Econômico Mundial.
A previsão do executivo do Itaú
impressiona ainda mais se somada aos dados que esgrimiu, depois, o ministro de
Assuntos Estratégicos, Marcelo Neri: de 2003 a 2013, 54 milhões de brasileiros
subiram para as classes A, B e C.
Se a nova classe média fosse um país,
seria o 23º mais populoso, à frente da Espanha, compara Neri.
Como já havia 67 milhões na classe
média, pelas contas do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), tem-se
que o Brasil está hoje com 121 milhões de pessoas --ou dois terços da
população-- na classe média.
Se a previsão de Marinho se confirmar,
seriam 39 milhões de uma novíssima classe média, até chegar, portanto, aos 75%
da população.
Pelos critérios da Secretaria de
Assuntos Estratégicos, fazem parte da classe média (classe C) famílias com
renda per capita de R$ 291 a R$ 1.019.
ARMADILHAS
O aumento da classe média, fenômeno
mundial, mas particularmente forte na região da Ásia Pacífico, não traz apenas
flores, constataram os debatedores.
Para Enrique García, presidente da
Corporação Andina de Fomento (CAF), esse avanço pode provocar o que os
economistas chamam de "armadilha da renda média". Traduzindo: os
pobres têm um ganho de renda, mas estacionam no novo patamar e dele não
conseguem sair.
Para essa armadilha, "o calcanhar
de aquiles é a baixa qualidade da educação", diz o executivo da CAF.
Uma segunda questão é o pipocar de
manifestações em inúmeras partes do mundo, em geral tendo como eixo a classe
média (nova ou antiga).
Maurício Macri, prefeito de Buenos Aires
e único candidato presidencial assumido para 2015, cunhou uma bela frase de
efeito para se referir aos protestos: "Um pobre de hoje é rico em
informação e milionário em expectativas". Logo, sai às ruas para cobrar
dos governos.
Os debates não serviram, em todo o caso,
para esclarecer o que, exatamente, é classe média. "É uma definição muito
arbitrária", disse, por exemplo, o ex-presidente mexicano Ernesto Zedillo.
Neri preferiu brincar com uma antiga
definição americana: classe média seria quem possui dois carros, dois cachorros
e uma piscina.
Se
é assim, a classe média dos EUA está minguando, disse Laura D'Andrea Tyson
(Universidade da Califórnia, em Berkeley): "A classe média não se
recuperou das grandes recessões".
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